domingo, 6 de novembro de 2011

Branca de Neve

Levemente…
Ao ritmo das badaladas…
Subtis,
Delicadas…
Pling…Pling…
Caem…
Espalham o seu esplendor.

Gotículas invadem meus olhos,
Saem-me da alma…
Prazer de ver,
Beleza indescritível…
Perfeição celestial…

Maravilhada…
Não controlo meu deslumbramento…
Meu corpo em euforia…
Minha alma em louvor!

Parada,
No nada…
Posso senti-las na minha pele…
Sim…! Sinto-as…
Oh, que gélido prazer!
Sinto…
A liberdade ao vento!

Pequenos flocos!
Pling…Pling…
Branca…!
Resplandecente…!
Vejo-a ao meu redor…

Zzzz…Zzzz…
A brisa forte que me leva ao infinito
Zzzz…Zzzzz…
Acende a chama dos meus sentidos…
Concede asas à minha imaginação,

Arrasta a paz até mim…

O céu é o meu limite…
A terra a sua sepultura!

Pára…!
Campos… serras…
Em branca flor…
Os verdes prados,
Vens de branco pintar…

Ah! Que visão! …
Zás! Arrebatada sou…
Para o mundo das nuvens!

Sinto o toque do frio…
Arrepio-me…
Congela-me a alma…

Psiu…
Posso escutar o silêncio, e
Por momentos…
De mãos dadas com a felicidade absoluta!

Sinto-te…
Oh, neve!
Sinto o prazer de nada sentir …
Como uma chama fria que arde!
Sinto a tua natureza!

Já não sou eu…
Sou um elemento teu…
Estás dentro de mim…
E eu em ti…
Invadiste o meu ser…
E eu deixei…

Ânsia desenfreada de não te perder…  

[poema original da Bolinha, um achado do baú, dos tempos em que a poesia era um vício em mim]

Look do dia

La redoute
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